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Onde Ir em Portugal: 7 Grandes Roteiros

Portugal é uma alegria para descobrir. Um pequeno país que ocupa cerca de um sexto da Península Ibérica, é banhado pelo Oceano Atlântico a oeste e sul e pela Espanha a norte e leste. Dentro dessas fronteiras encontra-se uma das nações mais amigáveis e sedutoras da Europa.

Três aeroportos internacionais – em Lisboa, Porto e Faro – tornam o planeamento de uma viagem a Portugal bastante simples. A geografia do país permite viajar facilmente pelas suas três regiões principais, as províncias do sul, centro e norte, e não há grandes distâncias a considerar.

Enquanto as cidades, as vilas maiores e as costas desenvolvidas beneficiam de uma eficiente rede de transportes públicos, Portugal é melhor explorado por veículos privados. Isto é especialmente verdade se for para o interior, onde os serviços ferroviários e de ônibus em regiões mais isoladas são pouco frequentes ou simplesmente inexistentes.

Portugal oferece muitos destinos diversos e experiências. Existem resorts quentes e ensolarados; cidades nobres e históricas; aldeias tradicionais e aldeias antigas; montanhas espetaculares; planícies vastas e vazias; e rios longos e sinuosos. E há sempre o oceano – afinal, Portugal é uma nação marítima.

Planeje suas viagens com nossa lista dos principais roteiros de Portugal.

1. A Costa Sul: Explorar o Algarve

Ponta da Piedade na região de Argarve

Destaques: Faro, Parque Natural da Ria Formosa, Tavira, Lagos, Sagres, Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, Monchique, Silves

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Aeroporto Internacional de Faro é a porta de entrada ideal para o Algarve, a província mais a sul de Portugal. A região merece pelo menos uma semana do seu tempo e é melhor explorada de carro. Mas vale a pena passar a noite na capital regional antes de seguir viagem.

Comece o seu passeio com um passeio pela Cidade Velha, o bairro histórico de Faro. A cidade tem vista para o sereno Parque Natural da Ria Formosa. Reserve algum tempo para fazer um passeio de barco ao longo do rio e das lagoas deste refúgio de vida selvagem – um dos principais habitats de zonas húmidas da Europa.

A rota a leste de Faro eventualmente leva você à pitoresca cidade de Tavira, conhecida por suas igrejas, ruínas do castelo e ponte romana. Dependendo da sua programação, você pode continuar para leste em direção à fronteira espanhola, passando por vários excelentes campos de golfe ao longo do caminho, ou virar e pegar a autoestrada até Lagos.

No verão, as fabulosas praias em frente a este animado resort ficam repletas de amantes do sol, e o destino é conhecido por suas emocionantes opções de esportes aquáticos. Fique alguns dias - as ruas e becos estreitos são muito amigáveis para os pés, as caminhadas costeiras são estimulantes e uma visita em qualquer época do ano traz suas recompensas.

Mais a oeste, a remota Sagres dá-lhe a oportunidade de mergulhar na lenda do Infante D. Henrique e na Era de Ouro dos Descobrimentos de Portugal. Da imponente fortaleza marítima da vila, pode admirar o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina austero e varrido pelo vento. A selvagem costa atlântica atrai surfistas e viajantes de espírito mais independente.

Uma viagem vigorosa para norte leva-o através do parque até à sonolenta Aljezur. A partir daqui, o percurso para o interior serpenteia por bosques temperados com eucaliptos até à aldeia serrana de Monchique, famosa pelas suas termas. Para coroar o dia, continue até à Fóia para desfrutar de vistas magníficas sobre toda a região.

A descida em curva para a costa permite uma visita a Silves, aparentemente rodeada de laranjeiras de aroma picante. A grande atração aqui é o castelo – um dos maiores monumentos do gênero em Portugal.

Mais uma vez, dependendo do tempo, pode apanhar a autoestrada em Lagoa para Faro ou escolher a estrada B e tomar locais como Portimão, a capital da sardinha no Algarve; Albufeira; Vilamoura e a sua elegante marina; e a charmosa Loulé, conhecida pelo seu movimentado mercado e artesanato tradicional.

2. Sul de Portugal: à descoberta do Baixo Alentejo

Templo Romano em Évora

Destaques: Évora, Monsaraz, Barragem de Alqueva, Serpa, Mertola, Beja

O Alentejo é vasto, ocupando quase um terço de Portugal. Seu tamanho significa que um veículo é o único meio realista de explorar, mas existem inúmeras possibilidades de itinerários. A metade sul ou inferior da região é caracterizada por uma paisagem ondulada.

Évora, a capital regional, é o ponto de partida óbvio, e reserve dois dias para descobrir este destino encantador, cujo centro histórico é Património Mundial da UNESCO.

A área circundante presta-se a um circuito conveniente, e qualquer passeio deve passar por Monsaraz medieval e seu evocativo castelo do século XIII, um dos principais castelos de Portugal. Das suas muralhas desgastadas pelo tempo, pode contemplar outro marco impressionante, a enorme Barragem de Alqueva, a maior albufeira artificial da Europa.

À beira do lago Amieira, pode alugar uma casa-barco por um dia, ou mesmo uma semana – uma óptima opção de passeio, especialmente em família. O próximo destino a destacar é a vila amuralhada de Serpa. Incrivelmente cênico com seu próprio castelo, aqueduto do século 11 e um labirinto de ruas de paralelepípedos, este é o território perfeito para uma pausa para o café.

Reserve mais tempo – talvez até uma noite – para absorver Mértola, localizada mais a sul e um dos locais mais fascinantes para visitar na região. Designada como vila-museu, ou cidade-museu, esta comunidade ribeirinha é rica em história. Dez museus, um castelo e o Rio Guadiana fazem do turismo uma aventura.

Beja faz um final digno para o seu passeio pelo Baixo Alentejo. Esta é a maior cidade da região e um movimentado centro agrícola. Seus atrativos culturais incluem um adorável antigo convento e um belo castelo datado do século 13, ambos dignos de atenção.

Se o tempo estiver do seu lado, a viagem direta de volta a Évora deve permitir um desvio para a pouco visitada Viana do Alentejo, um charmoso remanso onde o século XXI foi amplamente ignorado.

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3. Sul de Portugal: Viajar pelo Alto Alentejo

A bela vila de Marvão, Alto Alentejo

Destaques: Évora, Vila Viçosa, Portalegre, Serra de São Mamede, Castelo de Vide, Marvão

O Alto Alentejo tem uma geografia significativamente diferente da metade sul da região e oferece uma experiência turística diferente, mas não menos apelativa.

A antiga cidade de Évora, a capital regional, é uma boa base para explorar, mas você precisará de um veículo para cobrir as distâncias envolvidas. Felizmente, as estradas são boas e relativamente livres de tráfego, e você pode dirigir sem pressa até vilas pitorescas como Estremoz e Évoramonte antes de chegar a Vila Viçosa, onde pode participar numa visita guiada ao sumptuoso Paço Ducal da cidade, datado do século XVI, o palácio real.

Vai ter de voltar um pouco para trás para se juntar à autoestrada norte para Portalegre. Outrora um importante centro de produção têxtil, tapeçaria e seda, Portalegre oferece a oportunidade de visitar a última fábrica ainda em funcionamento e visitar um fascinante museu dedicado à indústria.

O terreno a norte de Portalegre é notavelmente mais acidentado à medida que a estrada sobe a Serra de São Mamede, uma cadeia remota que alberga uma abundância de flora e fauna. Este é um território clássico para caminhadas e, se o tempo permitir e você vier preparado, estacione e desfrute de uma caminhada nas colinas.

Na verdade, se você quiser explorar mais, vale a pena considerar passar alguns dias na bonita cidade termal de Castelo de Vide. Um desvio gratificante é o seu vizinho próximo, a aldeia medieval de Marvão, dramaticamente situada a mais de 800 metros numa escarpa de granito. As vistas deslumbrantes do castelo do século 13 abrangem toda a cordilheira e as planícies baixas da Espanha - uma imagem impressionante que você lembrará desde Évora.

4. Área de Lisboa: Passeios e Excursões

Lisbon

Destaques: Lisboa, Sintra, Estoril, Cascais

Como o principal ponto de entrada para a maioria dos viajantes, Lisboa é a capital vibrante e cosmopolita de Portugal e é bem servida por um sistema de transporte público eficiente e barato. Esqueça o carro. Compacta e com um centro histórico bem definido, a cidade é ideal para ser explorada a pé, embora algumas das suas colinas ponham à prova até as pernas mais robustas.

Normalmente, um dia de turismo começa com um passeio no bonde número 28. O peculiar bonde segue seu caminho pelo centro da cidade e passa pelo castelo, a catedral, vários museus e outros monumentos imperdíveis.

Participar de um passeio a pé guiado é outra maneira relaxante de absorver a cultura da cidade e uma ótima oportunidade de se misturar com os habitantes locais.

O metro de Lisboa é a forma mais rápida de chegar ao Parque das Nações e ao Oceanário de Lisboa, um dos maiores aquários da Europa e um verdadeiro deleite para visitar. A esplanada ribeirinha permite um passeio tranquilo, ou pode apanhar o teleférico para uma vista panorâmica da zona.

A tarde pode ser passada do outro lado da cidade, em Belém, onde se encontra o belíssimo Mosteiro dos Jerónimos, um dos mais importantes monumentos históricos de Portugal, está localizado. Perto está a curiosa Torre de Belém. Ambos são patrimônios mundiais da UNESCO e não devem ser perdidos.

Reserve um dia inteiro para visitar Sintra, a opção de excursão mais popular fora da cidade. Uma excelente ligação ferroviária irá levá-lo até lá em cerca de 40 minutos, e entre os destaques estão o esplêndido Palácio Nacional de Sintra, o conto de fadas Palácio da Pena e o antigo Castelo dos Mouros. Toda a região é reconhecida como paisagem cultural do Patrimônio Mundial da UNESCO.

Ao longo da costa lisboeta, as cidades turísticas do Estoril e Cascais são naturalmente mais animadas durante os meses de verão. Ambos oferecem praias imaculadas, águas cristalinas e muitas opções de lazer. Um longo e amplo passeio à beira-mar permite uma caminhada salina entre os dois resorts, e há muitas opções de acomodação para escolher.

Alojamento: Onde Ficar em Lisboa: Melhores Zonas e Hotéis

5. Centro de Portugal: Litoral e Campo

A cidade murada de Óbidos

Destaques: Óbidos, Alcobaça, Batalha, Nazaré, Coimbra, Aveiro, Celorico da Beira, Serra da Estrela

A região central de Portugal combina uma extensa costa atlântica com um interior extremamente contrastante, desde extensas planícies férteis a majestosos picos montanhosos.

Explorar essas diversas províncias requer tempo e planejamento logístico. A título de introdução, provavelmente é melhor concentrar seus esforços ao longo ou perto da costa, indo para o norte de Lisboa até a encantadora cidade murada de Óbidos – um belo destino de cartão postal.

Mais ou menos uma hora mais ao norte é um verdadeiro deleite para os aficionados por história, o magnífico Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, a maior igreja de Portugal e merecedora do status de Patrimônio Mundial da UNESCO. O mesmo acontece com a abadia da vizinha Batalha, uma obra-prima da arquitetura gótica portuguesa e também protegida pela UNESCO.

Se és surfista e viajas durante o mês de novembro, podes querer desviar para a costa e para a Nazaré. Nesta época do ano, as ondas são gigantescas e atingem alturas recordes. Apenas os profissionais mais experientes se atrevem a montá-los.

Dependendo das suas prioridades, pode optar por fazer de Coimbra a sua primeira prioridade turística ao apanhar a auto-estrada até esta venerável cidade, situada no Rio Mondego. A sua universidade é a mais antiga de Portugal e complementa um conjunto de igrejas e catedrais notáveis.

Outra opção é seguir direto para Aveiro. Situada ao longo de uma série de canais com vista para uma colcha de retalhos de salinas, a cidade é famosa pelos seus coloridos barcos moliceiros de recolha de algas.

Coimbra e Aveiro são opções de paragem ideais antes de rumar para o interior e descobrir algumas das mais espetaculares paisagens montanhosas do país.

Se tiver alguns dias, considere basear-se em Celorico da Beira, uma pequena esplanada conhecida pelo seu delicioso queijo da Serra. Os amantes da natureza estarão em seu elemento, e há muitos caminhos de longa distância para os mais ativos seguirem.

A partir daqui, esteja preparado para negociar estradas estreitas e curvas fechadas enquanto você lentamente sobe as montanhas mais altas de Portugal, a Serra da Estrela. Se viajar no inverno, fique de olho no clima, que pode ser altamente imprevisível. E se nevar, esteja preparado para dividir o cume com esquiadores e snowboarders oportunistas.

6. Porto e Além: Rios e Vales

O Porto e o Rio Douro

Destaques: Porto, Vale do Douro, Lamego, Amarante

Segunda cidade de Portugal, o Porto é servido por um aeroporto internacional e beneficia de uma extensa rede de transportes públicos. Um horrendo sistema de mão única significa que dirigir no centro da cidade deve ser evitado, se possível. O Porto vale pelo menos dois dias do seu tempo de turismo e é uma base óbvia para explorar o Vale do Douro, Património Mundial da UNESCO.

Entre as atrações turísticas imperdíveis do Porto está a elegante Torre dos Clérigos, do século XVIII, que se ergue 75 metros acima das ruas. A Sé, ou catedral, também é digna de nota. A histórica Ribeira, ou beira-mar, é outro Patrimônio Mundial da UNESCO. Do outro lado do rio, a que se chega atravessando a emblemática Ponte Dom Luís I, encontram-se as pousadas de Vila Nova de Gaia.

Uma das formas mais descontraídas de apreciar a cidade e arredores é participar num cruzeiro panorâmico pelo rio Douro. Algumas destas excursões duram uma semana e vão até Barca d'Alva, a última aldeia portuguesa do Douro e a apenas dois quilómetros da fronteira espanhola.

Uma forma alternativa de conhecer a região é através do comboio panorâmico: o Comboio Histórico do Douro a Vapor parte do Peso da Régua e do Tua numa viagem de ida e volta de um dia, e contorna o rio durante todo o percurso.

O acesso a uma viatura facilita um passeio mais exaustivo pela região, podendo facilmente desviar-se para locais como Lamego, conhecido pelos peregrinos como local da elaborada Igreja de Nossa Senhora dos Remédios. Também a uma curta distância está Amarante, uma atraente cidade ribeirinha conhecida pelas suas mansões do século XVII construídas em granito com terraços de madeira pintados com cores vivas.

7. Norte de Portugal: Cidades e Montanhas

Cascata no Parque Nacional da Peneda-Gerês

Destaques: Braga, Guimarães, Viana do Castelo, Ponte de Lima, Ponte da Barca, Parque Nacional da Peneda-Gerês

O extremo norte de Portugal oferece um cenário cênico sedutor e dramático, e se você se deu ao trabalho de viajar até aqui, será devidamente reembolsado com uma tela de beleza excepcional.

Se está a planear explorar durante mais ou menos uma semana, é uma boa ideia instalar-se em Braga. A cidade tem uma longa história como centro religioso: no século XII tornou-se a sede dos arcebispos de Portugal. Todas as Páscoas, Braga acolhe o festival Semana Santa (Semana Santa), por isso reserve alojamento com bastante antecedência se vier visitar durante este período.

Outra cidade a considerar é Guimarães. Celebrado em Portugal como o berço da nação, o seu centro histórico é Património Mundial da UNESCO. Passe um dia em cada um para apreciar as vistas.

O sistema viário é bom, com auto-estradas que ligam o Porto a Braga e Guimarães. Se preferir ficar na costa, fique na cidade marítima maravilhosamente evocativa de Viana do Castelo, onde se realiza uma das festas mais coloridas de Portugal, a Romaria de Nossa Senhora d'Agonia b>, ocorre no final de agosto.

No interior, a paisagem é semeada de férteis terrenos agrícolas e pontilhada por dezenas de pequenas aldeias e pequenas cidades. Aninhada nas margens do rio Lima está Ponte de Lima, assim chamada devido à sua ponte romana. Da mesma forma, a Ponte da Barca, situada mais a montante, deve o seu nome a uma ponte datada do século XV.

Ambas as cidades são trampolins para uma das maiores atrações naturais de Portugal: Parque Nacional da Peneda-Gerês. Há mais de 720 quilômetros quadrados de parques para explorar, muitos deles varridos pelo vento e montanhosos. Os caminhantes podem seguir uma trilha de caminhada de longa distância sinalizada – a melhor maneira de apreciar a rica variedade de fauna da região. Você também pode andar de pônei em parte da rota.

De veículo, esteja preparado para uma longa viagem em estradas muitas vezes íngremes, estreitas e sinuosas, mas com muitas paradas para estacionar ao longo do caminho para aquela oportunidade mágica de foto. Se for conveniente, programe o dia para conhecer as aldeias tradicionais de Lindoso e Soajo, onde o dia-a-dia mudou pouco ao longo dos séculos.

Não há circuito a seguir, portanto, reserve tempo suficiente para retornar ao seu alojamento em uma hora razoável, especialmente no inverno, quando escurece no final da tarde.